CHRISTIAAN OYENS: March 2009

Monday, March 16, 2009

EXPLOSÃO NA ESCOLA


São Francisco - Americana processa Apple e pede US$ 225 mil em indenização pela explosão do tocador dentro da calça do filho de 15 anos. Uma mulher de Ohio, Estados Unidos, entrou com um processo contra a Apple na semana passada, alegando que o iPod Touch de seu filho explodiu, causando queimaduras. Por conta disso, ela pede 225 mil dólares de indenização pelos danos. Na ação, ela explica que o iPod Touch de 16 GB de seu filho de 15 anos estava no bolso da calça, durante uma aula. De repente, o garoto teria ouvido “o barulho de um estouro e imediatamente sentiu uma sensação de queimadura em sua perna”. Foi então, segundo o documento, que ele percebeu que “o equipamento estava em chamas”.

Saturday, March 07, 2009

GOOD ENOUGH


Numa postagem minha de 3 anos atrás -- http://christiaanoyens.blogspot.com/2006/04/o-que-o-ouvido-no-ouve-o-corao-no.html -- mostrei com números os perigos do fatídico MP3 para consumidores de música; que as pessoas estavam se acostumando com este formato e perdendo rapidamente a capacidade de julgar qualidade em áudio. Esta entrada no meu Blog foi a campeã em comentários tanto na própria página como particulares pro meu email. A maiorias das réplicas foram para me dizer que eu estava sendo um tanto radical, que o MP3 era um formato quase “tão bom” quanto o CD e que eu estava sendo alarmista. Nunca tive tanta certeza do que estava dizendo, portanto as minhas respostas foram fortes e toquei muito na tecla que a maioria das pessoas que estava me escrevendo desejava minimizar um sentimento de culpa por baixar música ilegalmente na Internet -- 95% das músicas baixadas no ano passado foram downloads ilegais (fonte: IFPI). Nenhum leitor me retornou para protestar tal acusação. É triste constatar que um formato foi adotado apenas por conveniência e não por sua qualidade. Dizer que o MP3 é quase tão bom quanto o CD é como dizer que o Oasis é quase tão bom quanto os Beatles!!

Ontem li esta reportagem mostrando aonde chegamos baixando música ilegalmente pros nosso Ipods a torto e a direito:

Geração que cresceu com iPod prefere fidelidade sonora do MP3 ao CD

Por Macworld/Reino Unido

Publicada em 05 de março de 2009 às 19h16

Londres - Mesmo com perda de detalhes sonoros e efeito metálico, jovens preferem volume dos MP3, revela estudo conduzido por 8 anos em Stanford

Um estudo divulgado nesta quinta-feira (05/03) sugere que o sucesso de MP3 players afeta profundamente a maneira como os usuários, os mais jovens, principalmente, respondem à fidelidade de reprodução musical.

O professor da música da Universidade de Stanford, Jonathan Berger, conduziu um estudo durante oito anos nos quais estudantes ouviam e avaliavam vários formatos de áudio enquanto ouviam as mesmas músicas.

A preferência se revelou para músicas oferecidas em MP3, com os ouvintes não conseguindo relacionar qualquer perda de áudio na qualidade sonora associada normalmente com a compressão da música digital.

"Descobri não apenas que os MP3 não são vistos como sinônimo de baixa qualidade, mas pelo tempo começou a aparecer uma preferência por eles", afirmou o professor, que sugere que o processo de digitalização deixa a música com chiados e sons metálicos.

Assim como o debate na geração anterior sobre os prós e contras do vinil e do CD, o estudo sugere que ouvidos mais jovens, pelo menos, preferem sons mais baixos e rasos da música digital que os de CDs e vinis.

A escolha, sugere o professor, é comparável à dos que preferem o vinil ao CD ou ao MP3.

"Alguns preferem o barulho da agulha, o barulho das partículas de poeira que criam sons. Acho que existe um senso de conforto nisto", afirmou o professor.

Ouvir músicas em streaming online assim como em PCs com caixas de som exageradamente simples também tiveram um importante papel na mudança na maneira como a música é ouvida e percebida.

A preferência por MP3s significa que alguns produtores vêm buscando mixar músicas especialmente para serem ouvidas em iPods e telefones celulares.

O produtor musical Rennie Pilgrem é um dos que admitem mixar canções para iPods, ainda que não seja fã dos resultados finais.

"Para minhas orelhas, os iPods não têm a mesma qualidade nem mesmo que as fitas cassete", relata. "Mas, uma vez que alguém se acostuma àquele som, se sente confortável com ele".

Alguns produtos também tentaram se adaptar à geração acostumada ao MP3 fazendo música o mais alta possível, o que significaria a perda de profundidade e detalhes sonoros.

Não este produtor aqui! Este aqui prefere trabalhar como guarda presidiário a se “adaptar” ao formato MP3!